O economista Vítor Bento, presidente do SIBS e membro do Conselho de Estado, foi o palestrante convidado no 34° aniversário do Rotary Club de Torres Vedras, no passado dia 15 de outubro.
«A economia portuguesa e o processo de ajustamento em curso» foi o tema da palestra. Vítor Bento recorreu a vários gráficos para explicar a situação a que Portugal chegou do ponto de vista económico e aquilo que, no seu entender, é necessário fazer. Relativamente ao PIB per capita, por exemplo, mostrou que até 1950 o crescimento foi muito baixo, depois cresceu muito até 1973, foi subindo até 1990, ano a partir do qual começou a descer e no século XXI praticamente tem estado estagnado. Esse problema, segundo o economista, tem de ser resolvido internamente.
"O nível de pobreza que hoje se vive não tem nada que ver com a pobreza de há 50 anos, porque hoje, apesar de tudo, estamos melhor", sublinhou Vítor Bento, para justificar que quem se habituou a um certo nível de vida custa a habituar-se a descer uns degraus.
Salvaguardando que não existem soluções milagrosas, sustentou, no entanto, que "para haver crescimento tem de haver investimento, sobretudo estrangeiro, mas para isso é necessário haver uma estabilidade polítca durante alguns anos'. O especialista explicou ainda que desde 1939 Portugal sempre teve mais dinheiro disponível do que a riqueza produzida (PIB), devido às remessas dos emigrantes ou, mais tarde, apoios comunitários. "Apesar disso, sempre gastámos mais do que tínhamos disponível", disse Vitor Bento. Continuando a sua explicação para a situação atual, referiu que entretanto o dinheiro disponível baixou, mas o país continuou a gastar o mesmo, graças ao crédito, mas quando os juros subiram passou a haver menos dinheiro. "Hoje estamos a pagar a fatura do passado", disse.
A noite de festa do Rotary terminou com o corte do bolo de aniversário, pelos dois sócios fundadores, António Ferreira Nunes e Vasco Perdigão. Presentes estiveram ainda Sérgio Galvão, vereador da Câmara Municipal; Alcindo Almeida, governador assistente do distrito 1960; e Susana Silva, presidente do Rotaract de Torres Vedras; para além de outros dubes amigos.
Antes, a atual presidente do Rotary torriense, Margarida Santos, lembrou o projeto em curso de melhorar a vida de uma família com duas crianças que sofrem de graves problemas de saúde." O Rotary encetou uma campanha de angariação de fundos para a compra de uma carrinha adaptada, para a qual ainda faltam cerca de cinco mil euros, e fez questão de agradecer publicamente a todos os que já prestaram a sua ajuda a essa causa.
BADALADAS 1 de novembro 2013
JOAQUIM RIBEIRO
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