O Rotary Club de Torres Vedras organizou mais uma reunião festiva, no passado dia 21 de Setembro, desta feita o convidado foi António Saraiva, presidente da Confederação Empresarial de Portugal (CEP) recentemente constituída.
Aos rotários juntaram-se vários empresários torrienses totalizando uma audiência de 120 pessoas. António Saraiva falou maioritariamente sobre associativismo empresarial e da perspectiva de que na CEP, as várias associações patronais que a constituem, seja conseguido colocar os patrões nacionais a falarem a uma só voz.
Dando como exemplo países como a França e a Alemanha onde as associações empresariais são ouvidas pelos respectivos governos, para que em conjunto possa ser delineada a politica económica do país, o gestor defendeu que em Portugal também é necessário que o Estado escute mais as associações existentes.
Na perspectiva daquele gestor, para que exista um lóbi sustentado é necessário que os empresários sejam os primeiros a reconhecer as mais-valias do agrupamento das várias associações, daí que tenha delineado quatro pressupostos para o seu mandato à frente da CEP: a exigência ao Estado para que proteja as empresas, para que estas possam contribuir e elevar a competitividade do país; que os empresários trabalhem todos em “sintonia” e deixem as “pequenas guerras paroquiais”; que as associações saibam motivar os seus associados para que trabalhem todos em conjunto; e mostrar que as associações empresariais têm um papel decisivo na sociedade.
“As associações empresariais e outras organizações similares têm um papel fundamental na sociedade na partilha do poder, ainda mais tendo em conta que os partidos políticos estão a deixar de existir”, referiu António Saraiva.
Para que as agremiações possam florescer, o gestor salientou a necessidade de “deixar de lado o individualismo e o paternalismo, trabalhando em conjunto o tecido empresarial português tornar-se-á mais forte”.
Relativamente ao individualismo, António Saraiva afirmou ser necessário que as associações trabalhem em conjunto, esqueçam as quezílias e deixem de duplicar as tarefas entre si. Já no que toca ao paternalismo este acontece quando se “deixam levar pela mão que embala a sociedade, o Estado que tudo sabe”.
O gestor considera que por tudo isso Portugal está perante uma situação desequilibrada e preocupante: “a classe política tem falhado muitas vezes os diagnósticos e não tem sabido actuar nas alturas certas”.
Evocando os navegadores de há 500 anos que contornaram o cabo das Tormentas e enfrentaram o gigante Adamastor, António Saraiva encorajou a que os portugueses se unissem, tivessem ousadia e esperança para atravessar a situação complicada em que o país se encontra: “se não mudarmos de atitude, se continuarmos a pensar que o Estado é paizinho e que resolve os nossos problemas, estes nunca vão mudar. Tomara o Estado que resolvamos nós o problema dele. Temos ser nós a mudar de atitude”, concluiu.
Fonte: Jornal Badaladas
Autor: Vanessa Lourenço
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