Há um ditado africano que diz:
“GENTE SIMPLES, FAZENDO COISAS PEQUENAS, EM LUGARES POUCO IMPORTANTES, CONSEGUE MUDANÇAS MARAVILHOSAS.”
Alguns clubes tradicionais, outrora pujantes, dinâmicos, hoje ressentem-se da falta de renovação. vivem na rotina de um quadro social decorativo, ineficaz, ausente. Assim sendo, é preciso abrir os olhos.
Quando um Rotary Club, não importa a idade, possui um quadro associativo disperso e desinteressado, avesso a novas propostas e idéias, é um sinal de que envelheceu, está morrendo. Para manter acesa a chama do ideal de Paul Harris, o clube deve crescer, o que significa ser eficiente e eficaz, actuante e determinado, consciente dae sua força e da sua grandeza.
O que faz um clube actuante não é apenas a pessoa do presidente, mas sim a totalidade do quadro associativo. Um Clube Rotário é o reflexo dos seus sócios. Clubes de qualidade correspondem a sócios de qualidade, dedicados ao ideal de servir, fieis aos princípios rotários e éticos. Em qualquer sociedade, a ética é antes de tudo a capacidade de seguir as regras que tornam possível a vida colectiva.
Há sócios que já nem comparecem. Pouco se importam com os índices de freqüência. Falta-lhes tempo, disposição, boa vontade para sair da zona de conforto, abraçar a causa, ir à luta por um mundo melhor e mais justo.
Outros, contestadores por natureza, costumam levantar dificuldades antes de qualquer proposta. Poderíamos chamá-los de personagens-problemas, o contrário do personagem-solução que buscam resolver, superar obstáculos, viabilizar empreendimentos.
As regras da convivência em harmonia obrigam-nos a afastar qualquer forma de arrogância, de preconceito, de intolerância. O arrogante é aquele que acha que já sabe, que já conhece. O arrogante considera-se superior, que é dono da verdade, que não precisa seguir as normas.
Por outro lado, quando um clube possui um quadro social pequeno e um custo fixo elevado, muitas vezes não se pode prescindir do sócio pagador, ainda que ele transgrida as regras de frequência. Somos, então, levados a contemporizar, mesmo sabendo que a ausência é sempre um exemplo negativo, principalmente para os mais novos. Como proceder?
A solução mais viável é procurar rapidamente aumentar o quadro social. Só há uma forma: é falando uma linguagem moderna. É levantando uma bandeira, procurando uma causa que mobilize os jovens, que motive as mulheres, que reacenda nos mais velhos a chama do verdadeiro rotário, que atraia a família rotária. Somente assim o clube voltará a ser o que já foi.
Lembre-se que a força de um clube não está no número de sócios, mas nos resultados que obtém nas comunidades.
Fonte: EGD Alberto Bittencourt
Governador do Centenário do Distrito 4500
Rotary Club do Recife-Boa Viagem