O Jornal Badaladas de 4 de Fevereiro trás uma notícia sobre o Jantar Palestra organizado pelo Rotary Club de Torres Vedras no passado dia 18 de Janeiro, em que o Dr. José Henriques, Médico Oftalmogista fez uma dissertação sobre: Diabetes e Retinopatia Diabética - "A EPIDEMIA DO SÉCULO XXI"
A reunião número 1.572 do Rotary Club de Torres Vedras, no passado dia 18 de Janeiro, contou com a presença do médico oftalmologista torriense José Henriques como palestrante convidado. Naquele jantar festivo com palestra do clube rotário este ano presidido por João Pereira, o orador falou sobre a diabetes e a retinopatia diabética, que considera como sendo “a epidemia do século XXI”. Essa caracterização assenta nos números preocupantes relativamente aos que padecem daquela doença. De acordo com o Estudo da Prevalência da Diabetes em Portugal, ao qual o doutor José Henriques fez referência, 11,7 por cento da população entre os 20 e os 79 anos é diabética. Ou seja, em Portugal existem cerca de 905 mil diabéticos e mais de um milhão e 700 mil pré-diabéticos.
São números aos quais se deve dar muita atenção, sobretudo porque a diabetes envolve inúmeras complicações no organismo, desde a cegueira a amputações dos membros inferiores, ou insuficiência renal e doenças cardiovasculares. José Henriques referiu-se mesmo ao chamado “quarteto da morte”, que conduz a graves problemas de saúde: obesidade, mau controlo da glicose, colesterol e hipertensão. Se forem todos conjugados então transforma-se numa mistura explosiva que destrói a nossa saúde e, se não provocar a morte, causa diversos problemas que reduzem drasticamente a qualidade de vida.
A diabetes, aliás, é uma doença multissistémica, conforme explicou o doutor José Henriques, porque atinge vários sistemas do nosso organismo. Com o recurso a imagens ampliadas de olhos, uns saudáveis e outros doentes, o médico falou das várias consequências, algumas dramáticas (cegueira irreversível), nos olhos de diabéticos.
“Esta doença não dá sinais e precisa ser detectada atempadamente, através de uma retinografia anual obrigatória”, advertiu José Henriques. Isto porque, se os problemas forem detectados precocemente existe uma maior probabilidade de serem solucionados com êxito. Uma das formas que está a ser usada com bastante sucesso é o laser, que representa “uma esperança para os doentes, eficaz ao longo do resto da vida e ainda por cima é mais barato”, sublinhou o oftalmologista.
Mas para que o uso do laser possa ser realmente eficaz, José Henriques defende aquilo a que chama resposta de proximidade. Ou seja, em cima da mesa está uma proposta de tratamento dos doentes localmente, sem necessidade de deslocações. No caso de Torres Vedras, podem ser evitadas as deslocações para Lisboa se for instalado aqui um sistema de laser que trate os doentes do ACES (Agrupamento de Centros de Saúde) Oeste-sul. Para isso está em curso uma candidatura envolvendo a Misericórdia torriense, de modo que os tratamentos a laser possam estar mais perto dos utentes. Essa solução é recomendada pela Sociedade Portuguesa de Oftalmologia, na medida em que permite poupar muito dinheiro, não só em deslocações mas também porque cada sessão de laser custa 200 euros e são apenas necessárias umas duas ou três; ao passo que o preço de uma cirurgia custa entre quatro mil e seis mil euros.
Escrito por: Joaquim Ribeiro
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