Rotary aborda empreendedorismo social
Com cerca de 80 participantes, realizou-se no passado dia 15 mais um jantar-debate organizado pelo Rotary Club de Torres Vedras, desta vez com a intervenção de Miguel Alves Martins para dissertar sobre o tema “As novas gerações e o empreendedorismo”.
Perante uma assistência onde pontuavam também representantes da Escola de Serviços e Comércio do Oeste, da Escola Profissional Agrícola de Runa e do Agrupamento de Escolas do Maxial, o presidente da direcção do Instituto de Empreendedorismo Social começou por fazer o diagnóstico actual, definindo depois o conceito de empreendedorismo social.
Este refere-se aos trabalhos realizados pelo empreendedor, pessoa que reconhece problemas sociais e tenta utilizar ferramentas empreendedoras para resolvê-los. O mesmo difere do denominado empreendedorismo tradicional, pois tenta maximizar retornos sociais ao invés de maximizar apenas o lucro.
De forma mais ampla, o termo pode referir-se ainda a qualquer iniciativa empreendedora feita com o intuito de avançar causas sociais e também ambientais. A iniciativa pode englobar tanto a criação de um centro de saúde numa aldeia onde não exista nenhuma assistência à saúde, como a distribuição de remédios gratuitos para a população pobre.
Embora o conceito seja relativamente recente, o empreendedorismo social é uma actividade já bem antiga e com vários exemplos ao longo da História. Durante os séculos XIX e XX, por exemplo, os empreendedores sociais melhor sucedidos promoveram avanços quanto a serviços públicos nas áreas da saúde e educação junto à sociedade civil, ou ao governo e ao mundo dos negócios.
O empreendedor visa por conseguinte a maximização do capital social através de relações de confiança e respeito já existentes para realizar depois iniciativas, programas e acções que permitam a uma comunidade, cidade ou região o seu próprio desenvolvimento de maneira sustentável. Ele faz esses avanços disseminando tecnologias, aumentando a articulação de grupos produtivos e estimulando a participação da população na esfera política, ou ampliando o “espaço público” dos cidadãos em situação de exclusão e risco.
Para tanto utiliza técnicas de gestão, inovações produtivas, técnicas de manejo sustentável de recursos naturais e criatividade para fornecer produtos e serviços que possibilitem a melhoria da condição de vida das pessoas envolvidas e beneficiadas, através da acção dos empreendedores sociais externos e internos à própria comunidade.
Como “tudo começa e acaba em nós”, o orador daquela noite deixou o desafio à assistência que atentamente o escutava de que “é preciso ser-se mais activo no seio da sociedade”, começando a acabando por implementar sempre “valores e princípios” considerados fundamentais também no sector social. Assistiram ainda ao jantar-debate a vereadora Ana Umbelino, da Câmara de Torres Vedras, e o vice- -presidente da Câmara da Lourinhã, João Duarte. Como outros clubes rotários convidados estiveram presentes os das Caldas da Rainha, Amadora e Lisboa-centro.
Escrito por: Fernando Miguel
www.badaladas.pt
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