Instituições sociais como pilar do Estado
No passado dia 15 o Rotary Club de Torres Vedras organizou mais um jantar com palestra, desta vez com a participação de Manuel Lemos, presidente do Secretariado Nacional da União das Misericórdias Portuguesas, que falou sobre “As Instituições de Solidariedade Social no século XXI”.
Manuel Augusto Lopes de Lemos é natural do Porto e é licenciado em Direito. Foi deputado, presidente da Administração Regional de Saúde do Porto, chefe de gabinete da ministra da Saúde Leonor Beleza, comissário regional do norte da Luta Contra a Pobreza, vice-presidente do comité “Poverty Alleviation” das Nações Unidas e representante de Portugal no Comité Para os Assuntos Sociais da União Europeia. Desempenhou muitas funções em instituições do setor Social, como por exemplo vice-provedor da Santa Casa da Misericórdia do Porto, presidente da Comissão de Saúde da União das Misericórdias Portuguesas e presidente do Grupo Misericórdias Saúde, entre muitas outras. Atualmente é presidente do Secretariado Nacional da União das Misericórdias Portuguesas, cargo que exerce desde janeiro de 2007, é também presidente da Confederação Mundial das Misericórdias e Entidades Filantrópicas, confederação que agrega quatro mil instituições de 27 países.
O palestrante fez o historial das Misericórdias em Portugal, movimento que terá nascido na Itália, numa época anterior à criação dos Estados. Estão também, de acordo com Manuel Lemos, na origem do Estado social na Europa, quando, no início do século XIX, foi necessário combater quatro flagelos: a fome (pensões sociais), mortalidade (pensão de sobrevivência), doença (serviço nacional de saúde) e guerra (União Europeia). “A seguir à Segunda Guerra Mundial criou-se a ideia que o Estado ia satisfazer todas as necessidades da população para sempre, por isso já não seriam necessárias as instituições de solidariedade social”, referiu Manuel Lemos. Só que, na opinião do palestrante, “os políticos levaram mais tempo a perceber que não era bem assim, porque os políticos são os primeiros a chegar e os primeiros a partir”. Manuel Lemos disse ainda que o grande problema da Europa é o envelhecimento da população e em Portugal a pobreza continua a ser um problema estrutural, porque há 20 anos que mantém os mesmos níveis sem que tenham sido encontradas soluções. “Em Portugal temos uma resposta fantástica para os problemas sociais, não temos é acesso fácil a ela”, terminou o convidado do Rotary Club de Torres Vedras.
Fonte: Jornal Badaladas
Autor:Joaquim Ribeiro
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