A actual crise económica é uma oportunidade para lançar novas estratégias ao nível educativo e laboral de combate ao desemprego entre os jovens, que são “o motor do desenvolvimento económico”, defende o director-geral da Organização Internacional do Trabalho (OIT). Segundo as conclusões do relatório “Tendências Mundiais do Emprego Jovem 2010”, a taxa mundial de desemprego jovem atingiu em 2009 o nível mais alto da história - 13 por cento, correspondentes a 81 milhões de pessoas - e deverá ainda aumentar este ano.
Sustentando que “os jovens são o motor do desenvolvimento económico”, o director geral da OIT, Juan Somavia, alerta que “desaproveitar este potencial é um desperdício económico que pode prejudicar a estabilidade social. "A crise é uma oportunidade para reavaliar as estratégias para fazer frente às sérias desvantagens que enfrentam os jovens ao ingressar no mercado laboral. É importante que nos foquemos em estratégias integradas e exaustivas que combinem políticas educativas e de formação com políticas laborais destinadas aos jovens”, acrescentou.
Nos termos do relatório, o crescente desemprego juvenil terá “importantes consequências para os jovens à medida que os novos candidatos ingressam no mercado laboral se juntam às filas dos já desempregados”.
O estudo alerta, por isso, para o “risco de que um dos legados desta crise seja uma ‘geração perdida’ de jovens que abandonou o mercado laboral após ter ficado sem esperança de encontrar emprego e ter uma vida decente”.
Segundo as projecções da OIT, a taxa mundial de desemprego juvenil deverá continuar a aumentar em 2010, até aos 13,1 por cento, para então recuar até aos 12,7 por cento em 2011.
As taxas de desemprego juvenil, sustenta, demonstraram ser mais sensíveis à crise do que as de adultos, provavelmente porque a recuperação do mercado laboral dos jovens tarda mais em acontecer.
Do estudo resulta ainda que nas economias desenvolvidas e em algumas economias emergentes o impacto da crise sobre os jovens sente-se sobretudo no aumento do desemprego e dos riscos sociais associados à falta de motivação e à inactividade prolongada.
Nos países menos desenvolvidos, o impacto da crise traduz-se numa menor quantidade de horas trabalhadas e na redução de salários para os poucos que conseguem manter um emprego fixo e num aumento do emprego precário na cada vez mais abrangente economia informal.
De acordo com as conclusões da OIT, 152 milhões de jovens -- cerca de 28 por cento de todos os jovens trabalhadores no mundo -- trabalharam em 2008, mas continuaram num estado de pobreza extrema em lares onde vivem com menos de 1,25 dólares por pessoa por dia.
“Nos países em desenvolvimento, a crise domina a vida diária dos pobres”, refere o director-geral da OIT.
Segundo Juan Somavia, “os efeitos da crise económica e financeira ameaçam exacerbar a escassez de trabalho decente que já existia entre os jovens e o resultado é que a quantidade de jovens em estado de pobreza laboral aumentou e que este ciclo vicioso persistirá durante pelo menos outra geração”.
Fonte: O Público
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