Já estamos em janeiro e, ao pensarmos neste ano que se inicia, não devemos nos limitar aos seus 365 dias. Devemos, sim, pensar sobre 2022, 2023 e além.
Não podemos prever o futuro, mas podemos direcionar o leme para chegar ao nosso destino. Na minha opinião, todo clube só tem a ganhar se realizar uma reunião estratégica pelo menos uma vez por ano. O ex-diretor Greg Yank, que tem bastante experiência no assunto, tem algo a nos dizer:
Um famoso ditado diz que “quem não leva a sério a preparação, está se preparando para o fracasso”. O planeamento é essencial para alcançar sucesso em todas as áreas da vida, incluindo o Rotary, e estamos melhorando a cada ano que passa.
O planeamento estratégico para Rotary Clubs funciona. Tenho ajudado muitos clubes a trilhar esse caminho, trabalhando com eles para que construam um plano plurianual que responda à pergunta básica: “Qual é a visão que temos para o nosso clube?”. Os melhores planos são aqueles focados, quando os recursos são concentrados nas oportunidades certas. O seu clube não é capaz de satisfazer seus associados e comunidade em todos os sentidos, por causa de limitações de tempo, dinheiro e recursos humanos. Um plano de sucesso leva em consideração os pontos fortes e fracos para delinear o melhor rumo a ser seguido pelos associados.
Comece elaborando um plano plurianual levando em conta as iniciativas e prioridades do clube para os próximos dois a três anos. Escreva o plano usando uma linguagem voltada à ação, que seja específica, concreta, e mensurável quanto aos objetivos estipulados.
Em seguida, reduza as iniciativas a um conjunto básico com três a cinco prioridades. O seu clube terá que estipular, então, objetivos específicos para cada iniciativa, indicando quem estará envolvido, metas a alcançar, acompanhamento do progresso e prazo de conclusão. Mantenha o texto curto e simples.
Agora é só lançar o plano. Reveja o progresso atingido depois de realizar as iniciativas e faça adaptações conforme necessário, mas pelo menos uma vez por ano. Vale conferir o modelo que está em my.rotary.org/document/pt/strategic-planning-guide.
Queremos enriquecer e estimular os clubes com novos pensamentos e conceitos. Porém, a questão é: como atrair profissionais de diferentes origens, idades e experiências, que valorizem a integridade da mesma forma que nós?
Através do planeamento estratégico, exploramos esta questão para definir a própria cultura do clube e o valor que ele agrega aos seus associados e à comunidade. Cada clube é diferente, por isso, cada um tem princípios particulares. Durante o processo de planeamento, os clubes podem descobrir que algumas das suas atividades perderam a relevância e razão de ser, e com base nisso, tomar as devidas decisões.
Com um plano estratégico em mãos, o clube pode implementar as medidas e mudanças necessárias. Ao fazer isso, e envolver seus colaboradores no dinamismo conquistado pelo clube, os voluntários têm uma vivência mais gratificante e fazem projetos mais impactantes e duradouros, formando um ciclo virtuoso que acaba fortalecendo o clube. E quando descobrimos o que torna o nosso clube especial, possibilitamos que O Rotary Abra Oportunidades para enriquecer a vida de todos.
Sabemos que o Rotary é uma força poderosa que transforma comunidades e cada um de nós. Entretanto, em toda comunidade há pessoas das quais não nos aproximamos e deixamos de aproveitar esse potencial.
O Conselho Diretor do RI entrou em ação para tornar o Rotary mais receptivo e diversificado. Formamos uma força-tarefa para promover diversidade, equidade e inclusão e ajudar os clubes a atrair novos associados independentemente de gênero, raça, religião, idade ou outros fatores. Esta força-tarefa nos ajudará a acelerar as mudanças que queremos e de que precisamos. A seleção de Jennifer Jones para a presidência do Rotary em 2022-23 — a primeira mulher a ocupar o cargo mais alto na nossa organização — é prova de que estamos na direção certa.
Por sua vez, os clubes devem se esforçar em abraçar e propagar mais inclusão e diversidade. Alia Ali — ex-presidente do Rotaract Club of Surrey-Newton (Canadá) e diretora da Big West Rotaract Multidistrict Information Organization — tem a seguinte perspectiva:
Ainda lembro da imensa satisfação que senti quando participei do RYLA quatro anos atrás. Finalmente tinha encontrado minha tribo: pessoas que se importavam com as mesmas coisas que eu. Mundo afora, o coração do Rotary permanece o mesmo. Servimos às nossas comunidades e atuamos em situações onde os outros se sentem impotentes frente ao tamanho e escopo dos problemas.
Vamos continuar alimentando este espírito, mesmo quando o diálogo for difícil. Racismo, preconceito e discriminação assumem formas diferentes, mas existem em todo país, cidade e pessoa. Como acabar com isso?
Como consultora de diversidade, equidade e inclusão, eu ajudo as organizações a criarem uma cultura que empodera e faz as pessoas se sentirem confortáveis por meio do poder da empatia. Quando nos sentimos nós mesmos na companhia de outros, o preconceito não tem lugar. Quando toda criança nos faz lembrar do nosso próprio filho, quando todo homem e mulher nos fazem lembrar do nosso pai ou mãe, a gente começa a ver o mundo de outra maneira.
Podemos aplicar A Prova Quádrupla por meio da empatia. Estamos criando boa vontade e melhores amizades com todos ao nosso redor? As coisas são justas e benéficas para pessoas de todas as idades? Quem precisa fazer escolhas que você não precisa fazer?
Fiz uma escolha angustiante entre o Rotary e a minha religião quando uma Convenção do Rotary foi realizada durante o Ramadão. Eu me indaguei: quando perguntamos se algo é justo e benéfico para todos os interessados, isso não me incluía como muçulmana? A Convenção poderia acontecer durante a Páscoa? Somente ao fazermos perguntas difíceis é que começamos a criar um Rotary mais inclusivo e diversificado.
Nós já conectamos tantas pessoas ao redor do mundo, então, imagine as possibilidades quando trouxermos mais gente para trilhar o mesmo caminho que o nosso. O Rotary que eu quero no futuro é uma organização ilimitada no servir, incessante na gentileza e cheia de propósito em operar a mudança que queremos ver.
O coração do Rotary é grande. Se abrirmos nossa porta um pouco mais, encontraremos pessoas muito interessantes que nos enriquecerão com sua visão de mundo e perspectivas. Diversos clubes oferecem diferentes estilos, culturas e oportunidades. Assim, quem não se sentir confortável em determinado clube pode encontrar outra opção devido aos diferentes modelos existentes de clube que oferecemos. É vital garantir que todo novo associado encontre o clube com o qual mais se identifique. O Rotary Abre Oportunidades por meio da diversidade.
Durante uma reunião recente pelo Zoom com rotários e rotaractes, olhei para os rostos sorridentes na minha tela e percebi o quanto nossa organização mudou em um curto espaço de tempo. Ficou claro que não há como as coisas voltarem a ser como antes no Rotary — e eu vejo isso como uma oportunidade!
Inovações e mudanças estão ocorrendo em tantos níveis que tivemos que repensar e refazer o Rotary. A nova flexibilidade que temos na nossa organização está se mesclando à cultura digital para impulsionar mudanças de maneiras que muitos de nós não conhecíamos. Podemos aprender muito com pessoas como Rebecca Fry que, apesar de ter só 31 anos de idade, já tem 15 anos de experiência no Rotary.
Vejo o Rotary como uma plataforma fenomenal para mudar o mundo. Acredito que posso ter uma influência maior e capacitar outras pessoas a criarem a mudança que desejam ver no mundo. Tenho uma nova perspectiva do que é liderança graças às experiências que tive no RYLA e no Rotaract, e também à oportunidade de servir como presidente fundadora do Rotary Social Impact Network, que é um novo e-club.
Envolver ex-participantes de programas rotários é fundamental para a formação de novos clubes. Nosso clube é a prova de que rotaractes e ex-participantes de programas querem ingressar no Rotary, mas isso às vezes não acontece por não conseguirem encontrar o clube certo. Nosso clube tem 31 associados, com idades entre 23 e 41 anos, e quase todos participaram de programas do Rotary.
Precisamos integrar e alinhar o Rotary aos nossos objetivos pessoais e profissionais. A proposta para a fundação do clube foi projetar um modelo personalizado de Rotary que se concentra em agregar valor aos associados. Também procuramos alavancar as conexões — através dos Grupos de Companheirismo, Grupos Grupos Rotary em Ação e parcerias internacionais — a fim dos nossos associados vivenciarem o Rotary além do clube.
Nosso clube se reúne e gerencia a maioria dos seus projetos on-line por meio do Microsoft Teams, uma plataforma que permite engajar nossos associados 24 horas por dia. Isto significa que nosso clube não está geograficamente vinculado a nenhum local, e por isso, temos companheiros na Austrália, Alemanha, Itália, México, Tanzânia e Estados Unidos.
Outra característica que temos é que medimos o impacto dos nossos projetos. Para o mês de julho, criamos uma campanha de conscientização sobre a importância de reduzir o uso de plásticos que chegou a mais de 6.000 pessoas. Este é um projeto com impacto tangível do qual qualquer um pode participar, de onde quer que esteja. Tenho muito orgulho de que, por meio do nosso clube, estamos reunindo as pessoas em um novo tipo de experiência rotária. O futuro nos aguarda.
Todos os Rotary Clubs podem inovar, assim como o clube da Rebecca. Temos que confiar e aprender com eles, e lhes dar todo apoio. As mudanças no Rotary acontecem nos níveis básicos, com os clubes na linha de frente definindo o que este novo Rotary pode e deve ser.
A mudança é constante, e temos muito há fazer em diversas áreas. É importante celebrarmos as contribuições de pessoas de todas as origens e promovermos representantes de grupos sub-representados para participem mais do Rotary.
Temos ao nosso alcance as ferramentas para tornar o Rotary mais inclusivo, mais relevante e mais divertido. Vamos usá-las e veremos como O Rotary Abre Oportunidades para nós e para todos os quais que cruzam o nosso caminho.
O Intercâmbio de Jovens do Rotary – um dos muitos programas pró-juventude que celebramos este mês – foi o que me engajou na organização. Minha esposa Susanne e eu começamos a hospedar intercambistas logo após eu ter entrado no Rotary, e foram tais experiências que me tornaram um rotário de corpo e alma. O Intercâmbio de Jovens virou uma tradição para nós, haja vista que nos últimos 24 anos hospedamos 43 estudantes!
Além de hospedar jovens na nossa casa, desde o início também nos envolvemos com o programa organizando acampamentos para os participantes durante o verão. Em um deles, conheci Christine Lichtin, filha de um ex-presidente do meu clube que, na época, estava no ensino médio. Como este ano já nos trouxe tantas mudanças, vou aproveitar e testar algo novo nesta coluna, dando espaço para outros. Vejamos o que a própria Christine tem a dizer:
Eu tinha só 13 anos quando conheci o Rotaract, por intermédio da Susanne e do Holger, num churrasco do nosso acampamento de verão. O Holger olhou para mim e disse: "Acho que você deveria visitar um Rotaract Club para conhecer gente da sua idade, se divertir e, ao mesmo tempo, fazer a diferença."
Alguns anos depois, quando estava na Universidade de Trier, lembrei daquelas palavras e decidi seguir a sugestão. Isso foi há mais de oito anos. Eu ainda estou no Rotaract e não tenho vontade de sair. O Rotaract se tornou parte de mim, começando no clube de Trier e depois passando para o clube de Bolonha, enquanto estudei na Itália. Quando fiz mestrado em Kiel, participei do Rotaract lá antes de me associar de fato ao Rotaract Club de Hamburgo-Alstertal. Cada um desses clubes tem sua própria identidade e foco, mas todos passam a mesma motivação.
Eu sou consultora sênior no meu clube e tenho um grande carinho pelo Rotaract, que ajuda a moldar meus valores e visão. Um dia, como se tivesse sentido essa evolução em mim, Susanne me apresentou a um Rotary Club moderno localizado entre Hamburgo e Mölln, minha cidade natal. O E-club de Hamburg-Connect, que Susanne ajudou a fundar, tem pessoas de diferentes faixas etárias, e realiza encontros virtuais e presenciais bem descontraídos. Pensei, então, que este poderia ser o momento de entrar para um Rotary Club. Afinal, o tempo é precioso e deve ser preenchido com diversão sempre que possível; o resto é consequência.
Vivo em dois mundos – como rotaracta e também como rotária – e desejo construir uma ponte entre estes dois paralelos. Todos nós temos razões para fazer parte da família do Rotary.
Foi preciso uma certa persistência para persuadir Christine a se associar a um Rotary Club, porém, o esforço valeu a pena. É nosso dever nos esforçarmos neste sentido em relação aos participantes dos nossos programas pró-juventude e também aos rotaractes, para que possamos mantê-los na família. Espero que tenha se inspirado com o relato da Christine e que busque trazer jovens como ela aos nossos clubes, para que vejam como O Rotary Abre Oportunidades para nós e para aqueles a quem servimos.
HOLGER KNAACK
Presidente, Rotary International
O ano de 2020 trouxe mudanças colossais que até agora já incluem uma pandemia e um apelo à justiça social. Estes eventos nos fazem lembrar ainda mais de que vivemos em um mundo em constante mutação, e o Rotary é um reflexo desse mundo.
Devemos permanecer atentos e nos adaptar, vivendo nossos valores de serviços humanitários, companheirismo, diversidade, integridade e liderança. Se fizermos isso e aplicarmos a Prova Quádrupla em todos os aspectos da vida, estaremos prontos para liderar em todos os momentos.
Sinto muita satisfação em ver como provamos nossa capacidade de adaptação. Diante do novo coronavírus, o Rotary seguiu resoluto e não parou. Passamos a nos reunir pela internet e encontramos novas maneiras de servir. Pela impossibilidade de nos encontrarmos em Honolulu para a Convenção de 2020, nos ajustamos em tempo recorde e realizamos a nossa primeira Convenção Virtual em junho deste ano. Toda semana, mostramos que é possível ficar em contato no Rotary em qualquer circunstância, seja por meio de reuniões tradicionais ou cibernéticas. A organização oferece recursos para continuarmos fortalecendo nossas conexões, sem que ninguém fique de fora.
Alguns até já me disseram que gostam mais da mistura de reuniões on-line e presenciais como estamos tendo agora comparado ao jeito que era antes! Assim, devemos nos perguntar como crescer com a situação e abraçar essa mudança de vez para seguirmos prosperando.
Para mim, é fundamental apoiar novos tipos de clubes. Eles não são mais meras experiências, mas uma parte real do Rotary. Além dos clubes tradicionais, temos e-clubs, Rotaract Clubs, clubes baseados em causas e clubes passaporte. Todos eles ajudam a tornar o Rotary mais inclusivo, flexível e atraente a novos associados. Conheça estes clubes, visite-os, troque ideias e faça parcerias com eles, divulgando-os aos seus contatos pessoais e profissionais sempre que viável.
Concordamos que precisamos fazer o Rotary crescer, mas às vezes nos concentramos demais nos números e perdemos de vista o panorama geral. Afinal, um aumento no quadro associativo não faz o menor sentido se, no ano seguinte, as pessoas acabarem saindo dos clubes na mesma proporção. Temos que fazer o Rotary crescer de forma sustentável. A flexibilidade para se viver Rotary tem todo o poder de engajar os associados e mostrar como somos diferentes de outros grupos do gênero. Precisamos espalhar aos quatro cantos e celebrar que o Rotary é moderno, tendo flexibilizado bastante suas regras e oferecido cada vez mais novas maneiras das pessoas se envolverem.
Recomendo a cada clube que realize uma reunião estratégica anual para fazer um raio X da atual situação e descobrir se está fazendo tudo o que pode pelos seus associados e se reflete a comunidade à qual serve. Estamos adotando esta abordagem em nível internacional, e tenho muito orgulho de dizer que seis mulheres servirão ao meu lado no Conselho Diretor do RI este ano, o número mais alto das ilustres representantes da ala feminina que já tivemos na diretoria até hoje. Vamos manter o Rotary caminhando nesta direção em todos os níveis, já que precisamos de mais perspectivas e diversidade para que a nossa organização vá ainda mais longe.
É fascinante imaginar como encontrar novas maneiras de nos adaptarmos e continuarmos eficientes neste e por muitos anos no futuro. O que não mudou, e nunca mudará no Rotary, também é motivo de grande inspiração para nós: as amizades, as inúmeras possibilidades de networking, a prática de valores éticos e o voluntariado. Na verdade, estas são exatamente as características que mais atraem as pessoas aos clubes.
Como disse nosso fundador, Paul Harris: "temos que ser revolucionários de vez em quando". Agora é o momento para sermos revolucionários. O Rotary Abre Oportunidades – inúmeras delas – para abraçarmos mudanças que venham nos fortalecer e que nos permitam continuarmos alicerçados nos nossos valores fundamentais.
HOLGER KNAACK
Presidente, Rotary International
Bem-vindo Presidente Holger Knaack e sua parceira Susanne. Estamos ansiosos por abraçar a sua visão de tornar o Rotary mais forte e mais adaptável à medida que abrimos novas oportunidades para os nossos membros e para aqueles que servimos nas nossas comunidades. Saiba mais sobre o presidente Knaack e Susanne:
“O Rotary não é apenas um clube ao qual você se associa. Ele é um convite a infinitas oportunidades. Portanto, o lema para o nosso ano é: O Rotary Abre Oportunidades.” – Holger Knaack, Presidente de Rotary International Eleito.
Lema Rotário 20-21
Discurso de apresentação do Lema feito na Assembleia Internacional pelo Presidente Eleito Holger Knaack . Pode ler o texto do discurso em português no "Post" abaixo.
Rotary International
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Apresentação nos 30 anos do Clube
The Rotarian
Torres Vedras
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