Caros amigos, companheiros e governadores de 2016-17:
Bem-vindos à Assembleia Internacional! Um filósofo grego escreveu, em certa ocasião, que grandes empreendimentos começam com pequenas oportunidades. Essa frase soa bem aos ouvidos, não acham? Mas sabem de uma coisa? Eu não a acho verdadeira. Grandes empreendimentos não começam com pequenas oportunidades; eles começam com grandes oportunidades. O que acontece é que as grandes oportunidades às vezes aparentam ser pequenas. Cada um de nós recebeu uma grande oportunidade. E não estou me referindo à oportunidade de ser governador de distrito ou presidente do RI. Estou falando sobre a grande oportunidade que nos colocou no caminho certo para chegarmos até aqui. Esta oportunidade não chegou com uma ligação telefônica em que ouvimos: “Parabéns pela sua indicação”. Ela chegou por meio de um rotário que disse: “Gostaria de convidá-lo para uma reunião do meu Rotary Club”. Na época, isso pode ter parecido uma oportunidade pequena. Mas independentemente do motivo, aquele convite, naquele momento, pareceu uma boa ideia: a possibilidade de conhecer pessoas novas, fazer boas ações e se divertir ao longo do caminho. Acho que cada um de nós reconhece a oportunidade de servir ao próximo, por meio do Rotary, com base no que isso realmente representa. Não uma pequena, mas uma grande oportunidade que nos levou ao grande empreendimento chamado Rotary. O que eu quero que todos tenham em mente – hoje, amanhã e no ano à frente – é que a única diferença entre uma pequena e uma grande oportunidade é o que fazemos com ela.
Todos nós estamos aqui em San Diego por termos recebido a oportunidade de motivar, inspirar e orientar os clubes para prestarem serviços melhores, mais eficazes e ambiciosos. O que faremos com esta oportunidade só dependerá de nós, mas as decisões que tomarmos não impactarão apenas a nossa vida. O efeito do nosso trabalho e das nossas decisões será sentido no mundo inteiro e tocará pessoas que jamais vamos conhecer, mas cujas vidas serão transformadas pelo Rotary. Estou me referindo a mulheres que, neste momento, estão andando por estradas de terra, carregando galões para buscarem água em um riacho poluído que fica a uma hora de distância de suas casas. No ano que vem, elas não vão precisar mais fazer isso graças aos poços que o Rotary escavará. Estou falando de meninas na Índia, que são forçadas a abandonar seus estudos com 12 ou 13 anos porque não há banheiros nas escolas que frequentam. No ano que vem, elas não terão que parar de estudar graças às instalações sanitárias que o Rotary construirá. E estou pensando nas crianças do Paquistão e do Afeganistão, que diariamente correm o risco de ficar paralíticas em decorrência da poliomielite. No ano que vem, elas não terão que se preocupar com isso porque o Rotary as vacinará. Em breve, seus países e o mundo inteiro estarão livres da pólio.
Tudo isso pode acontecer se vocês, os presidentes de clube e os rotários reconhecerem que a oportunidade de entrar para o Rotary foi um acontecimento ímpar. Uma grande chance de mudar o mundo para melhor e para sempre, por meio dos serviços da nossa organização em prol da humanidade. Meus amigos, estamos em um momento decisivo no Rotary. Estamos olhando adiante para um ano que, um dia, poderá ser considerado o maior da história rotária: o ano do último caso de pólio no mundo. Falta tão pouco... E estamos mais próximos do que nunca de alcançar nosso objetivo. O sul da Ásia e todo o continente africano já estão livres da poliomielite. Há apenas dois países onde o vírus selvagem da pólio continua endêmico. E estes países, o Afeganistão e o Paquistão, estão fazendo o possível para que, com a nossa ajuda, o vírus seja finalmente erradicado este ano. Começamos esse trabalho há mais de 30 anos e, durante todo esse período, jamais desistimos. Em breve, depois de destinarmos US$1,4 bilhão para a causa e vacinarmos mais de 2,5 bilhões de crianças, iremos terminá-lo. Quando este momento chegar, precisamos estar preparados. Devemos garantir que nosso sucesso seja reconhecido e, com isso, conseguir mais parcerias, registrar maior crescimento e implementar projetos ainda mais ambiciosos nas décadas que estão por vir. Precisamos assegurar que todos saibam do papel desempenhado pelo Rotary na erradicação mundial da pólio. Isso é extremamente importante. Quanto mais formos conhecidos por aquilo que alcançamos, mais capazes seremos de atrair parceiros, conseguir verbas e, acima de tudo, encontrar mais associados para chegarmos a novos patamares. Estamos trabalhando arduamente para garantir que o Rotary receba esse crédito. Mas as coisas não acontecem apenas em Evanston. Precisamos que vocês divulguem, por meio de seus clubes e nas suas comunidades, o que o Rotary é e faz. Precisamos ter certeza de que os nossos clubes estarão prontos para o momento em que a pólio finalmente for erradicada. Assim, quando as pessoas quiserem fazer o bem, elas saberão que é possível mudar o mundo por meio do Rotary e que todos os Rotary Clubs estão dispostos a lhes dar esta oportunidade.
Precisamos de clubes que não apenas atraiam novos associados, mas que os engajem nos serviços rotários. Clubes que sejam receptivos e atuantes, e que realmente sigam a Prova Quádrupla. Não podemos nos esquecer de que a razão pela qual Paul Harris fundou o Rotary, 111 anos atrás, é a mesma que faz com que as pessoas se associem ao Rotary hoje em dia: para encontrar pessoas que tenham os mesmos valores que elas. Pessoas que acreditam em honestidade, diversidade, tolerância, amizade e paz, e que acreditam que servir a humanidade é a melhor coisa que podem fazer durante sua jornada aqui na Terra. Seja lendo para crianças, abrindo um banco de sangue, organizando uma clínica odontológica ou mesmo nos adaptando para continuar seguindo em frente, a nossa essência e as características dos rotários continuam as mesmas.
Ainda temos como base o princípio de classificações, já que a diversidade é a nossa força. Ainda penduramos a Prova Quádrupla na parede, pois altos padrões éticos nunca saem de moda. E ainda acreditamos, assim como Paul Harris, que servir a humanidade é a melhor coisa que podemos fazer na vida. Por isso, nosso Lema para 2016-17 será simplesmente Rotary a Serviço da Humanidade. Meus amigos, nós já fazemos um trabalho incrível. Judy e eu presenciamos vários exemplos este ano, em todo o mundo. Mas podemos fazer muito mais. Precisamos de mãos dispostas, corações generosos e mentes brilhantes para dar continuidade ao nosso trabalho. Precisamos de clubes flexíveis para que o Rotary seja atraente para pessoas mais jovens, recém-aposentadas e aquelas que ainda estão na ativa. Precisamos buscar novas parcerias, abrindo caminho para relacionamentos de maior colaboração com outras organizações e, juntos, fazermos ainda mais. Também precisamos dar prioridade à continuidade na nossa liderança.
Se há uma coisa que aprendemos com a campanha contra a pólio é que, para chegarmos longe, devemos seguir a mesma direção e servir a humanidade. Estamos juntos neste processo e somos parte do mesmo time. Nesta partida, se um de nós marca um ponto, todos saem ganhando. Um gol nos dá tanto orgulho quanto uma boa jogada, porque no Rotary nós lideramos da mesma forma que servimos: juntos. No ano que vem, nossa turma não será chamada de primeira classe, melhor classe, classe mundial ou qualquer outra coisa do tipo. Vamos apenas ser um time: Time Rotary. Todos os rotários (1,2 milhão) trabalharão unidos, servirão a humanidade juntos e buscarão o sucesso com o objetivo coletivo de construir um mundo melhor. E é assim que deve ser. Mas todos vocês aqui presentes são diferentes e especiais. Vocês são os nossos melhores atletas. Vocês não são jogadores comuns, mas sim as estrelas do Rotary (Rotary All-Stars). E nós precisamos de vocês – os melhores – liderando os rotários para que transformem a vida das pessoas que mais precisam da nossa ajuda. Elas estão esperando vocês. Elas estão nos esperando para abrir poços, construir escolas e acabar com a pólio.
No Rotary, todos os dias vocês têm a oportunidade de transformar vidas. Estas oportunidades podem parecer pequenas e vocês podem achar que aquilo que fazem não é importante. Mas essas coisas não são pequenas. Tudo é importante, especialmente para as pessoas beneficiadas por vocês nesta e nas próximas gerações. Todas as boas ações que vocês fizerem durante a vida contribuirão para um mundo melhor. Uma boa ação a cada dia, um dia de cada vez. É para isso que estamos no Rotary e é isso o que fazemos. No ano que vem, vocês terão a responsabilidade de garantir que façamos isso bem, para que o Rotary sirva a humanidade tanto quanto puder e tão bem quanto puder, e toque a vida do maior número de pessoas possível. Assim, as mães que ainda estiverem buscando água, as meninas que estiverem deixando seus estudos e todas as crianças do mundo que ainda estiverem correndo o risco de contrair a pólio poderão ver o seu mundo mudar para melhor. Isso acontecerá porque colocamos o Rotary a Serviço da Humanidade e porque vocês viram uma grande oportunidade e não a deixaram escapar.
Obrigado.
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