Bill Gates, no discurso do dia 12 de junho na Convenção Internacional do Rotary, falou sobre o extraordinário progresso rumo a um mundo sem a paralisia infantil e também ressaltou alguns dos desafios ainda presentes.
Durante sua fala, no Georgia World Congress Center em Atlanta, EUA, Gates relembrou à plateia de mais de 22.000 pessoas que os esforços precisam continuar e serem reforçados para que o número de casos de pólio chegue a zero. Cada participante recebeu uma pulseira de LED para a ocasião.
"Este é o maior esforço já realizado em termos de saúde pública em todo o mundo", disse Gates, copresidente da Fundação Bill e Melinda Gates, sobre a Iniciativa Global de Combate à Pólio (GPEI).
Conforme Gates falava sobre cada conquista na trajetória da erradicação, incluindo os países e regiões do mundo que foram declarados livre da pólio, partes da plateia tinham sua pulseira ativada, fazendo com que todos os presentes fizessem parte da apresentação.
Gates agradeceu ao Rotary por seu posicionamento visionário e crucial no combate à pólio. "O Rotary propiciou este esforço global com o senso de propósito de seus associados, fazendo-nos acreditar que tudo é possível quando nos comprometemos com uma causa", disse ele.
Desde o lançamento da GPEI, os casos de paralisia infantil caíram 99,9%, passando de 350.000 por ano para somente cinco em 2017, o número mais baixo já registrado até hoje no mesmo período. O vírus ainda existe em apenas três países: Afeganistão, Nigéria e Paquistão.
Gates também mencionou que mais de 16 milhões de pessoas poderiam ter ficado paralíticas em decorrência da poliomielite se este trabalho não tivéssemos nos dedicado a combater a doença.
"A escala deste esforço é fenomenal. A luta contra a pólio é minha principal preocupação. Todos os dias checo meu e-mail para ver se temos algum novo caso", disse Gates. "Estou muito contente de fazer parte desta iniciativa."
Gates, que descreveu o combate à pólio como seu objetivo mais importante na última década, admite que há ainda muitos desafios pela frente, principalmente nas áreas de conflito onde a doença ainda é endêmica. "Nosso maior desafio é chegar até todas as crianças que precisam da vacina," disse ele. "O que, claro, é ainda mais difícil em áreas de conflito."
Mas Gates também mencionou que o Afeganistão, que apresenta problemas de segurança, está quase livre do vírus. "Conseguimos este resultado pois fomos capazes de mostrar que livrar o mundo da pólio é mais importante do que qualquer diferença religiosa, política ou social."
Com o menor número de casos já visto, o trabalho de acompanhamento e detecção do vírus se torna ainda mais difícil. "Para eliminarmos o vírus de uma vez, precisamos saber onde ele se esconde," disse Gates.
Anualmente, uma rede mundial de 146 laboratórios testa cerca de 200.000 amostras de fezes em busca do vírus da pólio. Felizmente, o resultado de 99,9% é negativo. Aquele pequeno percentual de testes positivos ajuda os agentes da saúde a definir onde concentrar as atividades de imunização para evitar o alastramento do vírus. Nos países onde o vírus permanece endêmico, 125 postos de detecção ambiental testam amostras de esgostos, muitos deles a céu aberto. Estes postos têm que ser locais, já que o vírus não dura muito tempo no esgoto.
As inovações trazidas pelo trabalho de erradicação da pólio produzirão benefícios imensos e abrangentes para outras iniciativas globais da saúde. Técnicas usadas no combate à pólio, como mapeamento de comunidades, vigilância e expansão do papel dos agentes da saúde auxiliarão as autoridades a detectar e cercear outras doenças infecciosas, como o ebola.
“É isso que torna o trabalho de praticamente 30 anos do Rotary tão incrível”, enfatizou Gates. “Vocês não estão somente erradicando uma das mais nefastas doenças. Vocês estão ajudando os países mais pobres a fornecer melhores condições de saúde e possibilidades de futuro aos seus cidadãos.”
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