Profissional do Ano e Personalidade do Ano
Joaquim Santos e Olga Neves homenageados
pelo Rotary de Torres Vedras
O Rotary Club de Torres Vedras distinguiu o empresário Joaquim Santos, administrador da Fepal, como Profissional do Ano durante um jantar festivo que teve lugar no passado dia 25, no Campo Real.
Aquela organização de profissionais homenageou ainda a artista plástica Olga Neves, como Personalidade do Ano.
Joaquim Santos nasceu em 1960, é casado com Leonilde Santos, pai de quatro filhos e avô de cinco netos. Iniciou a sua atividade profissional aos 16 anos, trabalhando nas madeiras na empresa Cruz e Faustino.
Em 1990, fundou a Fepal em sociedade com um colega, num velho e pequeno barracão alugado ao lado de casa, tendo adquirido umas velhas máquinas de produção de caixas de madeira de tara perdida. Anos depois, o empresário adquiriu as quotas do sócio e a Fepal passou a ser gerida unicamente por si e pela esposa, Leonilde Santos.
A empresa, que tinha iniciado com dois trabalhadores, foi crescendo de forma gradual e, já com o apoio dos filhos, expandiu o negócio iniciando a produção de embalagens de cartão. Em 2013 inaugurou um edifício construído de raiz na zona industrial da Fonte Grada, que conta atualmente com cerca de 100 colaboradores, numa área construída de 17 mil m2. A Fepal adquiriu entretanto uma outra empresa, a Embala na Hora, com unidades no Bombarral e em Alcobaça, hoje com 40 elementos produtivos.
O Grupo Fepal SGPS foi criado em 2020 e conta atualmente com mais de 130 colaboradores, espalhados de norte a sul do país, com unidades em Lamego, Óbidos, Torres Vedras e Algarve. O grupo é uma referência no setor, dedicando-se ao fabrico de embalagens de madeira, embalagens de cartão, paletes e palotes, para satisfazer as necessidades de empresas das áreas hortícola e frutícola.
“Eficácia, rapidez e simplicidade são as caraterísticas que fazem esta empresa crescer, sempre com grande confiança de todos”, sublinharam os rotários, que quiseram enaltecer as qualidades profissionais, mas também humanas, de Joaquim Santos, “um homem de trabalho”, agradecendo o serviço que presta à comunidade torriense, disse José Luís de Sousa, presidente do clube.
Laura Rodrigues, presidente da Câmara Municipal de Torres Vedras, deu os parabéns ao clube, “por reconhecer os exemplos que vale a pena ter na nossa comunidade”. Joaquim Santos, ou o Quim da Fepal, como é mais conhecido entre os torrienses, “tem uma manifesta ligação com a comunidade”, disse a autarca. Para além disso, “é um exemplo entre os nossos empresários. Torres Vedras tem um leque imenso de empresários com muita ambição e com visão, que criam empresas de qualidade e produzem riqueza no nosso território”, salientou Laura Rodrigues.
“Não é fácil ser artista plástica no nosso país” A ceramista, escultora e ilustradora Olga Neves mostrou-se agradecida ao “carinho” dos rotários por esta homenagem “muito significativa para mim”.
Para a artista plástica torriense “é uma sorte poder fazer o trabalho que gosto e ser reconhecida por isso”, sendo certo que “viver das artes nem sempre é fácil”. Olga Neves nasceu em 1972, em Torres Vedras, é casada e tem duas filhas. Estudou cerâmica, técnica pela qual muito se interessou e que aplica tanto na azulejaria contemporânea, como na escultura.
Muito do seu trabalho cerâmico está relacionado com o concelho torriense, o seu património histórico e natural e as suas gentes. Formou-se em Artes Plásticas - Escultura, pela Faculdade de Belas Artes, da Universidade de Lisboa, e recentemente fez o curso de Ilustração Científica na Faculdade de Biologia na Universidade de Aveiro. Para além de ceramista e escultora, trabalha desde há seis anos como ilustradora de obras infanto-juvenis, tendo editados cerca de 60 livros.
O seu trabalho é muito direcionado para histórias, lendas, fábulas, mitos e tradições culturais. De momento desenvolve vários projetos, sendo um deles com a escritora Ana Meireles, registando contos e fábulas da cultura europeia, nomeadamente portuguesa. Outra parte deste projeto é o registo in loco de lendas nativas do Brasil dos povos indígenas Xavantes, Guarani e Witoto com os quais tem mantido contacto nas deslocações que faz ao Brasil, com o objetivo de ilustrar as manifestações culturais de vários povos, a sua diversidade social e cultural no presente, herança de tradição oral e a forma como se cruzam os contos em diferentes pontos do mundo.
Olga Neves exerceu funções como professora durante cerca de 10 anos, estando ainda ligada ao ensino como formadora de professores na área das artes. Tem exposições individuais e coletivas regulares em galerias e museus desde 1998 em Portugal, Espanha, França, Alemanha, Bulgária, Finlândia, Japão, Estados Unidos da América, Canadá e Brasil.
O seu trabalho está representado em vários museus, como o Museu Britânico e a Simons Gallery, em Londres, a Galeria Medialia Rack and Hamper em Nova Yorque, Museu da Marioneta em Lisboa, bem como em diversas câmaras municipais e coleções privadas. É uma artista plástica de “qualidade e reconhecida”, afirmou a presidente do município, que há vários anos trabalha com Olga Neves, oferecendo muitas vezes obras da artista.
“Não é fácil ser artista plástica em Portugal, as limitações são muitas. Parabéns aos rotários por terem decidido fazer esta distinção”, concluiu Laura Rodrigues.
Escrito:EUNICE FRANCISCO [ eunicefrancisco@badaladas.pt ]
Jornal BADALADAS , edição de 3 de Fevereiro
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