Motivados por um convite especial do Papa Francisco, milhares de rotários estiveram no Vaticano em Roma, no sábado, para celebrar conceitos de compaixão, inclusão e serviços à humanidade.
Na manhã do sábado o grupo — formado por cerca de 9.000 rotários de 80 países — atravessou as ruas congestionadas da capital italiana, passou pela segurança rigorosa ao redor da Praça de São Pedro e ocupou a área reservada para o Rotary em frente à basílica para assistir à audiência do Jubileu.
O Papa Francisco, um argentino de 79 anos de idade, pediu que a multidão de mais de 100.000 pessoas — que incluiu membros do departamento de polícia e das forças armadas de todo o mundo — criasse uma cultura de paz, segurança e solidariedade mundial.
"Sua mensagem sobre paz prega a aceitação. No Rotary nós aceitamos pessoas de todas as culturas e credos, portanto, podemos levar esta mensagem a todos os clubes e comunidades", disse o rotário R. Asokan, da Índia.
Embora o Papa Francisco seja líder da Igreja Católica, suas palavras costumam alcançar um público maior. Uma pesquisa publicada no início deste ano revela que ele é um dos líderes mundiais mais admirados e que mais confiança inspira.
Foi isto que atraiu tantas pessoas ao evento no Vaticano. Madrid Zimmerman, rotária dos EUA, não é católica, mas disse que o Papa tem o dom de tocar o coração das pessoas, independentemente de sua fé ou cultura. "O Rotary tem o mesmo poder", diz ela. "Embora tenhamos outras maneiras de expressar isso, o desejo de entrar em ação para ajudar o próximo vem do mesmo lugar. Este jubileu nos lembra que nossa meta é servir àqueles que precisam da nossa assistência."
Depois do jubileu, o Papa Francisco reuniu-se com uma pequena delegação de rotários liderados pelo presidente do RI, K.R. Ravindran. O Papa falou com Ravindran sobre a importância de vacinar as crianças contra a pólio e incentivou o Rotary a continuar sua luta contra a doença.
"Senti-me honrado e profundamente comovido com a oportunidade de conhecer o Papa Francisco e ouvir seu pedido para continuarmos nosso trabalho de erradicação da poliomielite", disse Ravindran, que é hindu. "Esta experiência me deu ainda mais orgulho do passado do Rotary, mais fé no seu presente, e mais otimismo com relação ao seu futuro."
Na sexta-feira, o Rotary organizou um painel de discussão em Roma sobre os esforços para aliviar a situação de refugiados da Síria, Iraque e Afeganistão. Mais de 60 milhões de pessoas, incluindo 11 milhões de sírios, foram deslocadas por causa de guerra e violência nos últimos quatro anos. Este é o maior deslocamento de pessoas desde a Segunda Guerra Mundial.
Durante a discussão moderada pela Rádio Vaticano, especialistas do Programa Mundial de Alimentos, do Serviço Jesuíta aos Refugiados e da ACNUR (agência da ONU para refugiados) falaram sobre maneiras de ajudar os imigrantes a recomeçarem sua vida nos novos países.
O secretário-geral do Rotary, John Hewko, mencionou diversas iniciativas de Rotary Clubs para integrar os refugiados na sociedade, como escolas de informática e um projeto de treinamento profissional em Rimini, na Itália.
Hewko incentivou o público e membros do painel a usarem seus contatos para fornecer recursos e financiamento necessários para resolver a crise humanitária.
O evento do Rotary em Roma, junto com o Jubileu da Misericórdia no Vaticano, chamado de Jubileu dos Rotarianos pelos organizadores do Distrito 2080 (Itália), incluiu concertos e um jantar beneficente para arrecadar fundos para a erradicação da pólio.
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