No dia 2 de dezembro, um ataque terrorista matou 14 pessoas e feriu outras 20 em San Bernardino, na Califórnia. Pouco tempo depois, nos dias 15 e 16 de janeiro, foi realizada nas imediações de San Bernardino a Conferência Presidencial sobre paz e prevenção/resolução de conflitos, que reuniu especialistas do mundo inteiro para discutir ideias e soluções relativas ao tema. Esta foi a primeira da série de cinco Conferências Presidenciais do Rotary marcadas para este ano.
Janice Rutherford, que é do Rotary Club de Fontana e trabalha para o condado de San Bernardino, disse em plenária que a Conferência não poderia ter acontecido em melhor momento.
“Agora, mais que nunca, precisamos nos unir e instaurar a paz para reduzirmos tanto sofrimento humano”, disse Janice, que declarou 15 de janeiro como o Dia da Paz no condado. “Agradeço a vocês por colocarem este assunto em pauta hoje e também no centro das atenções em suas comunidades.”
Mais de 150 especialistas das áreas de paz, educação, negócios, direito e saúde conduziram cerca de 100 workshops. Os tópicos cobriram diversos temas, como formas de conquistar a paz, uso da educação no combate ao tráfico humano e participação da mídia na neutralização de conflitos.
Os distritos da Califórnia foram os anfitriões do evento, ao qual compareceram mais de 1.500 pessoas. O presidente do RI, K. R. Ravindran, disse que a Conferência foi um exemplo de como os rotarianos abraçaram a questão da paz.
“Não podemos esperar que os governos ou as Nações Unidas se encarreguem integralmente pela instauração da paz. Não podemos esperar que a paz nos seja servida de bandeja. Temos que instaurar a paz começando por seus alicerces, pelos níveis básicos da sociedade. Todas as informações fornecidas neste evento podem ser colocadas em prática para eliminar conflitos em suas vidas pessoais, nas suas comunidades e no mundo.”
A atriz e humanitarista Sharon Stone lembrou aos participantes que em primeiro lugar é preciso encontrar a tolerância dentro de nós mesmos para então termos compaixão e compreensão em relação aos nossos semelhantes. Ela também mencionou que a tecnologia de hoje facilita o aprendizado a respeito de diferentes culturas e credos e, com isto, nós ficamos mais propensos a aceitarmos as diferenças e aprendermos uns com os outros.
“Quanto mais entendermos os motivos dos nossos inimigos, mais saberemos o que fazer e como lidar com a situação", disse Sharon.
O Rotary está conduzindo o mundo rumo a uma mudança importante, enfatizou o reverendo Greg Boyle, diretor executivo da Homeboy Industries, entidade sediada em Los Angeles que atua na intervenção da violência provocada por gangues e readaptação de ex-membros destes grupos.
“O Rotary derruba as barreiras que insistem em excluir as pessoas”, disse Boyle, que é padre católico e escritor de best seller. “Vocês sabem que é necessário tirarmos todos das margens da sociedade para que possamos eliminá-las. Vocês estão ao lado dos fracos e oprimidos, daqueles que não têm voz nem vivem com dignidade.”
O maior trunfo do Rotary contra a guerra, violência e intolerância é o seu programa Centros Rotary pela Paz, que oferece um currículo que combina teoria e prática na capacitação dos seus bolsistas, para que se tornem catalizadores da paz e da resolução de conflitos local e mundialmente.
Muitos bolsistas destes Centros compareceram à Conferência para promover o programa, ficar a par de iniciativas pró-paz e ajudar os Rotary Clubs a entenderem como podem colaborar.
O ex-bolsista Christopher Zambakari, formado pela University of Queensland, na Austrália, disse que conferências deste tipo são uma grande oportunidade para aumentar a conscientização sobre o que está sendo feito em termos de paz.
“Algumas pessoas têm uma visão muito local sobre paz”, afirmou Christopher, cuja firma de consultoria em Phoenix, nos EUA, serve a organizações na África e no Oriente Médio. “Um evento como este abre um leque de possibilidades sobre como podemos alcançar a paz.”
Outros oradores incluíram Carrie Hessler-Radelet, diretora do U.S. Peace Corps; Daniel Nsereko, juiz no tribunal especial para o Líbano; Gillian Sorensen, consultor sênior na Fundação das Nações Unidas; Steve Killelea, fundador e chair executivo do Institute for Economics and Peace; Dan Lungren, político americano; e Mary Ann Peters, executiva chefe do Carter Center e ex-embaixadora dos Estados Unidos para Bangladesh.
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