Lembra-se de 5 anos atrás o que aconteceu em Lisboa?
São impressionantes os números da Convenção dos Rotários. Dos 300 autocarros passando pelos 30.000 metros quadrados de alcatifa, esta foi uma logística assinalável para um evento que recebeu 30 mil pessoas de todo o mundo. A Normex foi uma das empresas envolvidas na organização e partilhou alguns dados com a imprensa. O evento ocupou uma área total de 73.200 metros quadrados, entre os quatros pavilhões da Feira Internacional de Lisboa (FIL), e respectivo espaço envolvente, a par dos espaços dedicados a conferências e a entretenimento no Meo Arena. A equipa da Normex envolvida na implementação das soluções para o evento foi constituída por 150 pessoas. A Normex assegurou a construção de 7 mil metros quadrados de stands para 350 expositores, além da produção de 1.500 peças de sinalética distribuídas por uma área coberta de 63.200 metros quadrados.
A nível tecnológico a empresa assegurou ainda cerca de meia centena de equipamentos de audiovisual, além de mais de 150 impressoras e restante material informático. Em termos de equipamento e decoração do espaço a Normex disponibilizou 30 mil metros quadrados de alcatifa e cinco mil peças de mobiliário.
Karim Issá, administrador da Normex, afirma que “a produção deste mega evento foi um desafio que abraçámos com o maior empenho e dedicação, algo que está sempre presente nos projectos que desenvolvemos, quer sejam eventos de carácter nacional, quer de carácter internacional”.
Números:
- 30.000 participantes;
- 4 Pavilhões da FIL, foyer e respectivos gabinetes no piso superior;
- 6 auditórios com capacidade para 1.500 pessoas;
- 6 palcos;
- Espaços: centro de reuniões da FIL, foyer e respectivos auditórios e gabinetes; Pavilhão Atlântico, camarins e gabinetes de presidência; área envolvente da FIL;
- 350 expositores;
- 100.000 m2 de área total do Parque FIL;
- 53,200 m2 de área coberta;
- 10,000m2 área descoberta;
- 10.000 m2 de área para exposições e entretenimento;
- 30.000 m2 de alcatifa;
- 1.500 peças de grafismo e sinalética;
- 5.000 peças de mobiliário alugadas;
- 47 equipamentos de audiovisual;
- 150 copiadoras e impressoras;
- 128.000 cópias;
- 20 técnicos de informática de serviços 24 horas;
- 52 hotéis envolvidos;
- 300 autocarros permanentemente mobilizados;
- 7.000 m2 de standes e estruturas desmontáveis de apoio à convenção para visitantes e staff;
- Equipa Normex constituída por 150 pessoas.
Conforme apropriado num encontro que girou em torno de assuntos da paz, o final da Convenção do Rotary em Lisboa nesta última quarta-feira não podia ter outro assunto que não este.
“A resposta dos rotários a meu pedido para que fizessem atividades pró-paz ultrapassou em muito as minhas expectativas. Obrigado a todos que concretizaram Paz Através do Servir.”
Tanaka entregou uma placa de reconhecimento a Ralf Trautwein, presidente do Rotary Club de Villingen-Schwenningen, na Alemanha, por ter conseguido que a banda alemã Marco und die Elfenbande escrevesse e gravasse uma canção especial. Voltada ao público jovem, a composição fala sobre a importância da paz e como o Rotary ajuda a instaurá-la.
“The Rotary Peace Song”, tocada no palco em Lisboa, já foi apresentada ao vivo para inúmeras crianças na Alemanha e foi gravada em CD. A letra fala que diariamente, com o Rotary, temos o poder de deixar o mundo mais pacífico para as futuras gerações”, disse Tanaka.
Os presentes puderam ver pela primeira vez a Declaração de Paz de Lisboa, que complementa as declarações adotadas nos três Fóruns Rotary pela Paz Global que aconteceram em Berlim, Honolulu e Hiroshima. O ex-presidente de RI, Luis Giay, ajudou a convocar os fóruns.
“Foram mais de 6.000 participantes nos três fóruns oficiais, sem contar todas as outras pessoas que compareceram a eventos semelhantes organizados por clube e distritos do mundo todo.
”
Presidente eleito
Durante a plenária o presidente eleito Ron Burton e a sua família foram apresentados. Ele disse que a época atual não podia ser melhor para se estar em Rotary, e que o ano que vem será um dos melhores do Rotary, com a aproximação do fim da pólio e o começo de uma nova era para a Fundação.
“Todo maratonista pode afirmar que quanto mais logo e difícil o percurso, maiores a determinação quando se avista a linha de chegada e o orgulho de cruzá-la.”
Sobre o Visão de Futuro, Burton ressalta a importância da sustentabilidade. “O objetivo da Fundação Rotária continua sendo Fazer o Bem no Mundo. A partir de 1° de julho este bem ganhará uma dimensão muito maior, com iniciativas que tomam vida própria.”
No início do dia os delegados votantes confirmaram a indicação de Gary C.K. Huang, do Rotary Club de Taipei, Taiwan, para presidente do RI em 2014-15. Nas suas palavras de aceitação, ele disse que o Rotary lhe abriu as portas do mundo.
“Venham junto comigo atravessar fronteiras e expandir a malha rotária. Com uma rede de voluntários como a nossa mais fortalecida, o mundo será melhor para todos.”
Motivação para a ação
Na plenária da quarta-feira de manhã houve os discursos de Céline Cousteau, fundadora e diretora-executiva da CauseCentric Productions; Jane Goodall, fundadora do The Jane Goodall Institute e mensageira da ONU para a paz; e Craig Kielburger, co-fundador da Free The Children e Me to We. Os três chamaram atenção ao envolvimento e motivação das pessoas para que haja ação.
Cousteau explicou que contar uma história com enfoque numa causa forma conexões e inspira às pessoas à ação.
“Apesar de diferentes, nossas histórias se interligam e nos conectam, e vocês são um exemplo disso por compartilharem Rotary.” Ela incentivou os rotários a contarem suas histórias pelo Rotary Showcase.
Goodall falou das quatro coisas que a fazem ter esperança de um planeta mais saudável: o entusiasmo e energia dos jovens, o potencial do cérebro humano, o poder transformador da natureza e o indomável espírito humano.
“Vocês representam este espírito vivo, com sua campanha sem igual de erradicação da pólio.”
Kielburger lembrou da ajuda que o Rotary lhe deu no começo de sua instituição de caridade, dando-lhe as verbas e a hospedagem em casas de família quando viajou ao Sudeste Asiático com somente 12 anos de idade. Na época ele prometeu que um dia falaria no maior número de encontros rotários que pudesse.
“Dezoito anos depois eu ainda estou aqui, tentando pagar minha promessa. A minha organização está tentando devolver o bem que você fizeram por nós. Obrigado por apostarem nos jovens.”
* Rotary News (Arnold R. Grahl)
O Presidente da Comissão Anfitriã da Convenção de Lisboa, Luis Miguel Duarte foi homenageado na Sessão Plenária de Encerramento , bem como os muitos voluntários que trabalharam incansavelmente para este evento.
A reunião anual de Rotary, que decorreu em Lisboa – Pavilhão Atlântico e Feira Internacional de Lisboa e terminou na quarta-feira, contou com um importante anúncio para um novo acordo na luta pela erradicação da Polio, a apresentação de vários projectos humanitários e ainda inúmeros discursos que inspiraram mais de 20.000 membros provenientes de todo o mundo.
A Convenção do Rotary International em Lisboa foi o palco para o anúncio de um novo capítulo da parceria Rotary-Fundação Bill e Melinda Gates.
“A partir de agora a Fundação Gates fará equiparação de 2:1, até um máximo de US$35 milhões por ano, para cada dólar que o Rotary destinar ao fechamento da lacuna de financiamento para completar a erradicação da pólio até 2018”, disse Jeff Raikes, CEO da Fundação Gates, durante a sessão plenária de 25 de junho em vídeo pré-gravado. “Isto significa que podemos chegar a mais de $500 milhões com as doações do Rotary e a nossa equiparação.”
O anúncio não poderia ter ocorrido em hora mais propícia para a Iniciativa Global de Erradicação da Pólio. O custo estimado do plano estratégico 2013-18 para o fim da pólio é $5,5 bilhões. Os termos de compromisso anunciados na Cúpula de Vacinação Global em abril totalizam $4 bilhões. Se a lacuna de financiamento de $1,5 não for fechada, as atividades de imunização em países afetados pelo vírus cairão. Isto sem contar que se a poliomielite voltar, mais de 200.000 crianças no mundo todo ficarão paralíticas anualmente dentro de uma década. Mas isto não se transformará em realidade se depender do Rotary e da Fundação Gates.
“Nós combinaremos o poder de networking do Rotary com os nossos recursos e, junto com os demais parceiros da Iniciativa Global de Erradicação da Pólio, daremos fim a uma doença e mudaremos a saúde pública para sempre”, afirmou Raikes.
Em 2007 a Fundação Gates fez uma doação-desafio ao Rotary de $100 milhões, a qual aumentou para $355 milhões em 2009. O Rotary concordou levantar $200 milhões para equiparar parcialmente a doação até 30 de junho de 2012, e o total chegou a $228,7 milhões.
O Plano Visão de Futuro (novo modelo de subsídios da Fundação Rotária) ajudará os rotários do mundo inteiro a criarem projetos cada vez mais sustentáveis para as suas comunidades. Um vídeo sobre as seis áreas de enfoque do Rotary e da Fundação Rotária foi exibido na Convenção 2013 do Rotary International, em Lisboa, Portugal. Veja o video:
Séculos atrás, os exploradores portugueses saíram do porto lisboeta para "desbravar mares nunca dantes navegados".
No domingo, a organização estava representada por rotários de mais de 225 países e áreas geográficas na sessão plenária de abertura da Convenção do Rotary International de 2013 — Lisboa: Um Porto para a Paz.
No seu discurso de boas vindas o presidente do RI Sakuji Tanaka, cujo lema é Paz Através do Servir, falou como se deu a sua conexão entre paz e servir. Quando era bem jovem, ele ouviu o imperador Hirohito anunciar a derrota japonesa na Segunda Guerra Mundial.
“Até aquele dia a nação estava empenhada em vencer a guerra; mas, de repente, o enfoque mudou. Chegara a hora de reconstruir e dar uma nova identidade ao país — um Japão comprometido com a paz.” Anos depois, quando se associou ao Rotary Club de Yashio, ele aprendeu o conceito de Dar de Si Antes de Pensar em Si.
“Através do Rotary percebi que o meu trabalho era melhorar a vida de outras pessoas. Passei a servir ainda melhor meus clientes, não visando apenas lucro. A satisfação dos clientes se traduz em satisfação dos funcionários, aumento da produtividade e da felicidade de todos os envolvidos neste processo. O serviço rotário não tem que ficar só no Rotary Club. Tudo o que fazemos pelo próximo faz deste um mundo melhor.”
Tanaka disse que os rotarianos espalham paz diariamente ao suprir necessidades humanas básicas e participar de projetos internacionais.
“Aqui em Lisboa estamos vendo como o mundo deveria ser: gente de todos os continentes reunidas no propósito de melhorar o mundo em que vivemos. Isto é um testemunho de que nossas diferenças não importam, pois o que é mais importante é sermos felizes e úteis.”
Pedro Mota Soares, ministro da Solidariedade e da Segurança Social, não poupou elogios aos rotários.
“O que é importante para o Rotary é importante para Portugal, para qualquer país e para o mundo. Vocês deixam de lado os vossos interesses pessoais em troca de um bem maior. Isto é algo que políticos, assim como eu, temos que fazer com mais frequência.”
O quarteto Il Divo, composto do tenor suíço Urs Buhler, barítono espanhol Carlos Marin, artista pop francês Sebastien Izambard e tenor americano David Miller apresentaram-se no fim da plenária. Buhler mencionou que seu próprio grupo, com membros de diferentes países, compartilha da visão do Rotary de deixar interesses pessoais de lado pelo bem comum.
“Uma organização como o Rotary é essencial frente a tantos conflitos no mundo.” Bill Thompson, Rotary Club de Port Orange South Daytona, EUA.
“Paz é estar bem consigo mesmo, pois quando encontramos paz em nós não queremos brigar com ninguém.” Assam Musonza, Rotary Club de Gweru, Zimbábue.
Fonte: RI
A liberiana Leymah Gbowee, Nobel da Paz 2011, foi uma das convidadas nas sessões plenárias desta segunda-feira na Convenção da Rotary International, que se realiza em Lisboa até quarta-feira.
O discurso da escritora e activista foi direito àquilo que é uma das mensagens principais desta organização não governamental, fundada nos Estados Unidos em 1905, que junta 1,2 milhões de pessoas por mais de 200 países, dos quais 320 mil na Europa – a de que “quando as pessoas se juntam, tudo é possível”.
No seu país, a Libéria, Leymah Gbowee juntou e mobilizou mulheres num movimento que levou os homens a aceitarem um acordo de paz. O movimento por ela liderado pôs fim à segunda guerra civil liberiana em 2003. Muito antes disso, em 1989, a primeira guerra chegara à capital Monróvia, onde Leymah Gbowee vivia, quando ela tinha 17 anos.
Sobre essa guerra, durante a qual trabalhou como assistente social, costuma dizer que a transformou “de criança a pessoa adulta em poucas horas”.No seu livro de memórias Mighty Be Our Powers: How Sisterhood, Prayer and Sex Changed a Nation at War (Que Seja Nosso o Teu Poder, Temas e Debates), escreveu: "Aos 17 anos, não estamos habituados a pensar na morte, sobretudo na nossa. Mas, agora, ela estava em todo o lado e eu era obrigada a pensar que podia chegar a qualquer momento.”
Em Lisboa, quis deixar essa mensagem de que as pessoas, quando se juntam e se envolvem, podem agir melhor. Recordou a vida na aldeia onde cresceu na Libéria e onde a comunidade era como uma grande família. “As crianças eram celebradas por todos e disciplinadas por todos. O problema de uma pessoa era o problema de todos”, conta frente a uma plateia meia cheia de membros da Rotary International, no Pavilhão Atlântico em Lisboa.
Algo que, diz, se foi perdendo. “O nosso mundo está agora de pernas para o ar. Padecemos de um mal e esse mal é o individualismo”, afirmou.
Os jovens crescem com o objectivo de serem ricos, disse. E aprendem isso dos adultos. Jovens e adultos, afinal, comunicam como se nunca tirassem os auscultadores dos ouvidos, lamentou.
“Esta atitude individualista levou a muitos problemas no nosso mundo. Se nos envolvermos, como a minha mãe e a minha avó se envolviam nos assuntos da comunidade, o mundo seria um lugar melhor. Os valores morais e sociais estão a desintegrar-se. O tecido comunitário foi destruído. As pessoas não se envolvem”, acrescentou.
“Mas enquanto houver crianças que não podem ir à escola, temos de mudar o mundo e, para isso, temos de nos envolver. É o que faço.” E é o conselho que deixa: “Sair da sombra, fazer algo pela comunidade, deixar um legado.”
Fonte: Jornal O Público
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