No ano que vem, o Rotary dará um passo importante para apoiar a consolidação da paz no Oriente Médio e Norte da África ao iniciar o recrutamento para o nosso mais novo Centro Rotary pela Paz, na Bahçeşehir University (BAU), em Istambul.
Uma série de eventos programada para o próximo ano divulgará o novo centro de estudos e o trabalho pró-paz do Rotary. A Convenção do Rotary International de 2024, em maio, marcará os 25 anos desde que os primeiros Centros Rotary pela Paz foram anunciados — coincidentemente em Singapura, na Convenção de 1999. O processo de seleção do primeiro grupo de Bolsistas Rotary pela Paz da BAU começa em 2024, e os candidatos selecionados iniciarão os estudos no início de 2025.
Desde a sua instauração, o programa dos Centros Rotary pela Paz formou aproximadamente 1.700 bolsistas que estão trabalhando em cerca de 140 países na criação de um mundo mais pacífico. É claro que isso merece ser comemorado, mas os bolsistas Rotary pela paz são mais do que um dado estatístico. Suas ações colaboram, e continuarão colaborando, para Criar Esperança no Mundo.
Exemplos não faltam. Jennifer Montgomery e Gorett Komurembe — bolsistas da Makerere University, em Uganda — são cofundadoras da iniciativa Magenta Girls. Esta ONG internacional dá ferramentas e suporte a meninas e jovens mulheres ugandenses para que superem as normas sociais impostas à comunidade feminina, a pobreza geracional, a violência baseada em gênero e, também, traumas diversos, como o provocado pelo tráfico humano.
Ndzi Divine Njamsi, outro bolsista da Makerere, está compartilhando com seus próprios alunos, nos Camarões, o que aprendeu sobre paz positiva. Ele se interessou pelo programa do Rotary de ativador de paz positiva após presenciar o extremismo, o discurso de ódio on-line e a violência no seu país. Após concluir os estudos, ele levou seu aprendizado para a faculdade de administração Yaoundé International Business e a outras organizações do país centro-africano.
O mundo precisa de mais pessoas como essas que se formam em Makerere e nos outros Centros Rotary. Todos nós podemos promover a paz incentivando trabalhadores locais desta área a aprenderem mais sobre o Rotary e se candidatarem à bolsa. Os associados do Rotary também podem orientar os candidatos ou trabalhar com os que já se formaram, os quais, provavelmente, têm uma iniciativa que se beneficiaria da sua ajuda.
Vale lembrar que os Centros Rotary na América do Norte, Europa, África, Austrália e Ásia precisam de suporte financeiro. O programa da BAU foi possível graças à generosa doação de US$ 15,5 milhões da Otto and Fran Walter Foundation à Fundação Rotária.
O novo centro oferecerá o programa de aperfeiçoamento profissional, com duração de um ano, na área de paz e desenvolvimento para bolsistas dedicados à construção da paz no Oriente Médio e Norte da África.
Devemos perseverar para o advento da paz, pois ela é o solo fértil onde a esperança cria raízes. Como em qualquer jornada, só podemos dar um passo de cada vez. Então, que esses sejam passos que daremos juntos!
Na reunião e jantar comemorativo da visita a Portugal do presidente do Rotary Internacional Gordon Mcinaily no palacete do Hotel Tivoli em Lisboa.
Dedicado ao fortalecimento dos ideais de pacificidade pela Assembleia Geral das Nações Unidas, com a observação de 24 horas de não violência e cessar-fogo, o Dia Internacional da Paz é celebrado em 21 de setembro.
Como Pessoas em Ação, para nós não basta que as guerras deixem de acontecer. É necessário buscarmos a paz de forma proativa para podermos Criar Esperança no Mundo.
E por onde começar? Existem inúmeros conflitos armados no planeta e a população global de deslocados está mais alta do que nunca. As oportunidades são quase infinitas mas, por outro lado, os ciclos de violência e dificuldades parecem intermináveis.
Na minha opinião, o melhor a fazer é começar de forma pequena, porém, pensando grande. Eu, por exemplo, me inspiro nos associados do Paquistão e da Índia.
Em março de 2020, cerca de 50 membros da família rotária do Paquistão e aproximadamente 50 da Índia se encontraram no Kartarpur Sahib, um santuário no Paquistão em homenagem a Guru Nanak, o fundador do Sikhismo, religião praticada em ambos os países. As tensões entre Índia e Paquistão impediam muitos peregrinos indianos de visitar o santuário, algo que mudou em 2019, quando o governo paquistanês deixou de exigir visto de entrada dos indianos.
No início deste ano, associados do Rotary de ambos os lados da fronteira se encontraram novamente no santuário, desta vez com o dobro de participantes.
Qualquer iniciativa pró-paz exige coragem e ousadia, e estes componentes não faltaram na ação desses associados. O governo paquistanês deu um passo importante em direção à paz ao facilitar a peregrinação dos indianos ao santuário, mas foram os associados do Rotary que deram o próximo passo ao receber seus colegas da Índia como amigos e membros da família. Isso é o que chamamos de paz positiva em ação!
Esses construtores da paz não pararam aí. Representantes dos clubes no encontro deste ano assinaram certificados de clube-irmão para chancelar o compromisso de longo prazo em continuar aprendendo uns com os outros e trabalhando juntos na construção da paz. Vale ressaltar que eles também têm realizado reuniões conjuntas por vídeo.
A importância de se comunicar e aprender com outra cultura não pode ser subestimada, e o Rotary está facilitando ainda mais o alcance e o estabelecimento de conexões. Uma forma de se engajar em diálogos transculturais e construir relacionamentos transfronteiriços é por meio de intercâmbios virtuais, que ampliam nossos programas atuais e os tornam mais acessíveis.
Um intercâmbio virtual usa plataformas on-line para conectar pessoas de diferentes países para que compartilhem tradições, prioridades, valores e muito mais. Este tipo de intercâmbio é como uma janela que se abre para mostrar outra parte do mundo com atividades como aulas de culinária, ensino de idiomas ou elaboração de projetos.
Essas interação digital tem o poder de inspirar a formação de vínculos e gerar mais respeito entre as sociedades. Utilizar esses conhecimentos para melhorar a vida dos nossos semelhantes é o próximo passo.
Juntos, vamos descobrir aonde chegaremos.
Na Convenção de 2023 em Melbourne, pedi a todos que se dedicassem às nossas iniciativas em prol da saúde mental. Isso inclui ajudar uns aos outros a se sentirem mais amparados, interceder por serviços de saúde mental e estabelecer conexões com especialistas para expandir o acesso a tratamentos.
Esta é uma tarefa importante e desafiadora. Ao mesmo tempo, é algo que deve trazer uma sensação de familiaridade para os associados do Rotary, pois tudo o que fazemos emana do espírito do zelo, doação, amizade e compaixão.
Crescemos e nos tornamos esta incrível rede global de 1,4 milhão de líderes comunitários interconectados e comprometidos em fazer o bem no mundo. Porém, o poder do Rotary não vem somente do que fazemos pelas comunidades; vem também do apoio e empoderamento que damos uns aos outros e da criação de espaços seguros para nossos associados se expressarem de forma autêntica e integral. Nós cuidamos e damos conforto uns aos outros.
Essas conexões são profundamente significativas. O Dr. Vivek Murthy, cirurgião-geral dos Estados Unidos, declarou recentemente que a solidão é uma epidemia de saúde pública. Afirmou ele: “devemos priorizar a formação de conexões sociais da mesma forma que priorizamos outras questões críticas de saúde pública, como tabagismo, obesidade e transtornos causados pelo uso de substâncias tóxicas”. Estou orgulhoso do que o Rotary tem feito ao longo das gerações para construir esse tipo de conexão social. Vale lembrar que a edição de janeiro de 2023 da revista Rotary focou na solidão e no que o Rotary pode fazer a respeito disso.
Nossa comunidade global e o lema que nos une, Dar de Si Antes de Pensar em Si, fazem do Rotary um potente defensor global da saúde mental. Um estudo recentemente publicado pela Universidade Estadual de Ohio apontou que a realização de atos de bondade foi a única das três intervenções de saúde mental testadas que ajudou as pessoas a se sentirem mais conectadas. O coautor do estudo, David Cregg, comentou: “realizar atos de bondade parece ser uma das melhores maneiras de promover essas conexões”.
Esse estudo respalda o que sempre soubemos: que fazer o bem ajuda a transformar não apenas as comunidades às quais servimos, mas também a nós mesmos. À medida que focamos mais na saúde mental, não devemos pensar nisso como algo novo para o Rotary mas, sim, como algo que podemos fazer melhor e, como resultado, causar um impacto maior em nós mesmos e no próximo.
Não estamos iniciando esse trabalho do zero. O Grupo Rotary em Ação por Iniciativas de Saúde Mental tem se concentrado nessas questões há vários anos, e contaremos com os seus membros para nos guiar nesse caminho.
O cuidado com a saúde mental se encaixa perfeitamente em várias das nossas áreas de enfoque. Até maio, já existiam 41 projetos financiados por Subsídio Globais voltados ao bem-estar da mente. Muitos deles são bastante promissores, e falaremos mais sobre estes projetos nos próximos meses.
Portanto, vamos trabalhar juntos para eliminar o estigma associado ao bem-estar emocional, aumentar a conscientização sobre as necessidades de saúde mental e ampliar o acesso a serviços preventivos e de intervenção nesta área da saúde.
Juntos, Criaremos Esperança no Mundo.
Como presidente do Rotary para 2023-24, estou dando uma ênfase especial à saúde mental global. Problemas que afetam o bem-estar mental e emocional são tópicos difíceis de discutir para qualquer pessoa, e eu sei que em alguns lugares no mundo rotário essa conversa é ainda mais difícil.
Porém, só temos a ganhar se ajudarmos uns aos outros a abordar a saúde mental e o bem-estar de forma mais aberta. Como resultado de uma pandemia que causou dificuldades e isolamento, muitas pessoas estão enfrentando desafios ao bem-estar emocional – algo que não podem enfrentar sozinhas. Como associados do Rotary, temos a habilidade de ajudar aqueles que talvez não tenham acesso a esse tipo de assistência. Todos nós podemos servir às nossas comunidades participando abertamente de discussões sobre saúde mental e bem-estar, e estabelecendo uma base sólida para medidas preventivas e interventivas.
Essas conversas promovem conexão e segurança e podem ajudar a construir relações interpessoais mais fortes, apoiando o bem-estar das comunidades a que servimos.
Como presidente, estou pedindo que ajudem o Rotary a alcançar as três metas a seguir:
1. Dissipar estigmas comumente associados a questões emocionais
2. Aumentar a conscientização sobre as necessidades referentes à saúde mental
3. Melhorar o acesso a serviços de saúde mental
Não vou dizer como atingir essas metas, mas sim convidá-lo a pensar em maneiras de fazer a diferença por meio dos seus projetos humanitários, nos clubes e nas interações diárias com outros associados e sua comunidade. Ao longo do ano, contarei com a liderança do Grupo Rotary em Ação por Iniciativas de Saúde Mental para mostrar como você pode fazer mais, aprender com os outros e começar a fazer da saúde mental uma prioridade, não apenas este ano, mas também no futuro. E espero que use o Rotary Showcase para compartilhar os projetos do seu clube que estão aumentando a conscientização sobre saúde mental e ajudando as comunidades a terem acesso aos serviços necessários.
Os desafios relacionados a doenças mentais e saúde emocional afetam a todos nós. Segundo as pesquisas, praticar atos de bondade é a maneira mais eficaz de melhorar o humor em longo prazo. O Rotary está em posição privilegiada para causar um impacto global neste esforço, e espero que se junte a mim para mostrarmos este novo nível de cuidado uns com os outros.
Por Gordon McInally, president do Rotary International de 2023-24
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