Existem muitos caminhos para a paz. E os nossos bolsistas dos Centros Rotary são prova disso.
Todos os anos, o Rotary concede até 130 bolsas mundialmente para estudos nas áreas de paz e desenvolvimento. Ao fim do curso, o bolsista tem o conhecimento necessário para trabalhar com prevenção e resolução de conflitos e promover a paz positiva. Alguns exemplos criativos de como aqueles que estudam nos Centros Rotary estão promovendo a paz:
Sustentabilidade
Alejandra Rueda-Zarate combinou os estudos em paz e resolução de conflitos com um mestrado em energia e recursos para realizar o seu sonho de proteger o interior da Colômbia.
Em 2011, ela fundou a organização NES Naturaleza para auxiliar agricultores colombianos e de outros países latino-americanos a obter treinamento e conhecimento em agricultura sustentável. Esse apoio melhorou a vida de 4.500 agricultores, inspirando muitos deles a se tornarem empreendedores, e promoveu a sustentabilidade ambiental e social em diversos lugares da América Latina.
Enfrentamento do racismo
Geoffrey Diesel e Kathy Doherty aplicaram os conhecimentos adquiridos durante o período da bolsa em paz e desenvolvimento para fundar o Projeto Equidade Racial, que é uma subcomissão de ativadores da paz positiva do Rotary na América do Norte que analisa formas de se criar uma sociedade mais pacífica por meio do combate ao racismo.
A subcomissão considera como os oito Pilares da Paz Positiva podem apoiar o combate ao racismo e transmite mensagens neste sentido a diversas comunidades na América do Norte. O Projeto Equidade Racial é fruto da parceria estratégica do Rotary com o Instituto para Economia e Paz, um think tank dedicado à promoção da paz positiva.
Gerenciamento de desastres com o uso de dados
A Bolsa Rotary pela Paz de Jamie LeSueur cobriu seu mestrado em ciências sociais e pesquisa sobre paz e conflitos. Ele agora lidera ações emergenciais para a Federação Internacional das Sociedades da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho, estabelecendo uma estrutura gerencial e operacional que facilita a atuação desta agência em situações de resposta a emergências.
Jamie descobriu que os dados obtidos com pesquisas são uma ferramenta poderosa no trato das complexas questões associadas à resposta em casos de desastres. Independentemente dos protocolos aplicados por uma organização, a tomada de decisões com base em dados obtidos por pesquisas pode esclarecer as situações emergenciais mais complicadas.
Essas histórias — e centenas de outras — mostram como o Rotary está formando gerações de líderes prontos e capazes de construir a paz em todo o mundo. Quase 1.800 bolsistas já se formaram nos Centros Rotary e estão aplicando em mais de 140 países o conhecimento adquirido.
Que o trabalho contínuo dos bolsistas dos Centros Rotary pela Paz, e dos associados do Rotary que os apoiam, inspire você a continuar Criando Esperança no Mundo por meio de serviços, captação de recursos e pensamento criativo.
"Ao continuar o que fazemos melhor, permanecer abertos e dispostos a mudar, e manter o nosso foco na construção da paz no mundo e dentro de nós mesmos, o Rotary ajuda a criar um mundo mais pacífico - um mundo mais esperançoso.. ” - R. Gordon R. McInally, presidente do Rotary International 2023-24
Presidente do Rotary International, Gordon McInally, destacou ter sido uma honra fazer parte da delegação do Rotary na COP28. "É ótimo ver que o Rotary tem um lugar tão robusto no interior da Zona Azul. Algumas ótimas apresentações e muitas oportunidades para ter conversas significativas com o Governo dos Emirados Árabes Unidos, a UNICEF e a Organização Mundial da Saúde sobre potenciais parcerias no campo da Saúde Mental".
Em dezembro, participarei da COP28, a cúpula sobre mudanças climáticas da ONU, em Dubai, Emirados Árabes Unidos. Lá, falarei sobre a convergência de duas crises globais: o clima e a saúde mental. Como a Organização Mundial da Saúde observou, as mudanças climáticas – que afetam moradias e meios de subsistência – agravam os fatores de risco para problemas relativos à saúde mental. O sofrimento emocional causado por um desastre também faz com que seja difícil para as pessoas se recuperarem e reconstruírem a área afetada.
A ShelterBox, parceira do Rotary, é uma instituição internacional de assistência em casos de desastres que já prestou ajuda a mais de 2,5 milhões de pessoas deslocadas em aproximadamente 100 países, fornecendo abrigos emergenciais, itens domésticos essenciais e suporte técnico. Gostaria de compartilhar a coluna deste mês com o CEO da ShelterBox, Sanj Srikanthan, que explica a importância das palavras que escolhemos para descrever desastres.
— Gordon McInally
O termo desastre "natural" tem sido usado há muito tempo para descrever tempestades tropicais, enchentes, terremotos e erupções vulcânicas, mas é preciso haver uma mudança urgente na linguagem que usamos. Embora o termo possa parecer inofensivo e nem sempre tenhamos acertado, aprendemos com nosso trabalho em comunidades afetadas por desastres como isso perpetua um mito perigoso de que nada poderia ter sido feito para evitar que as pessoas fossem tão afetadas. Essa narrativa equivocada e prejudicial pode levar à falta de ação para ajudar as pessoas que precisam.
A linguagem que usamos é importante. Quando classificamos os desastres como naturais, deixamos de reconhecer a complexa interação entre a natureza e o papel das ações humanas, e como elas afetam comunidades em todo o mundo.
Terremotos, tsunamis, erupções vulcânicas, tempestades extremas, secas e inundações ocorrem devido a processos naturais na Terra. Mas é a forma pela qual esses eventos afetam as pessoas ou o meio ambiente que tem o potencial de torná-los um desastre — resultados influenciados por fatores humanos, como o local onde as pessoas vivem, tipos de casas que possuem, instabilidade política e falta de medidas proativas para proteger comunidades vulneráveis. Um desastre é resultado de desigualdades sistêmicas no acesso a recursos e poder. O lugar em que vivemos e a quantidade de dinheiro que temos muitas vezes determinam nossa capacidade de recuperação. As pessoas mais afetadas são aquelas que vivem na pobreza, com menos meios para se proteger e poucos recursos para resistir ao próximo desastre.
Ao classificar esses eventos como naturais, minimizamos a necessidade de medidas proativas para proteger as comunidades vulneráveis, mascarando a instabilidade social, econômica e política subjacente que faz com que as comunidades marginalizadas e desfavorecidas sejam desproporcionalmente afetadas. Nossas equipes veem em primeira mão a forma pela qual questões como desigualdade, pobreza, urbanização, desmatamento e crises climáticas podem tornar as comunidades mais vulneráveis.
Na ShelterBox, simplesmente dizemos "desastre" ou somos mais específicos, descrevendo o clima extremo, terremoto, tsunami ou erupção vulcânica. Peço a todos que nos ajudem a quebrar esse ciclo, comprometendo-se com uma linguagem que reflita com precisão por que as pessoas são tão afetadas.
Só então abriremos o caminho para abordar as causas subjacentes da vulnerabilidade e poderemos trabalhar em direção a um futuro mais justo e equitativo para todos, com os investimentos, medidas proativas e recursos necessários para ajudar a proteger as comunidades afetadas.
Desastres não são naturais. Temos que parar de dizer que eles são.
Sanj Srikanthan
CEO, ShelterBox
No ano que vem, o Rotary dará um passo importante para apoiar a consolidação da paz no Oriente Médio e Norte da África ao iniciar o recrutamento para o nosso mais novo Centro Rotary pela Paz, na Bahçeşehir University (BAU), em Istambul.
Uma série de eventos programada para o próximo ano divulgará o novo centro de estudos e o trabalho pró-paz do Rotary. A Convenção do Rotary International de 2024, em maio, marcará os 25 anos desde que os primeiros Centros Rotary pela Paz foram anunciados — coincidentemente em Singapura, na Convenção de 1999. O processo de seleção do primeiro grupo de Bolsistas Rotary pela Paz da BAU começa em 2024, e os candidatos selecionados iniciarão os estudos no início de 2025.
Desde a sua instauração, o programa dos Centros Rotary pela Paz formou aproximadamente 1.700 bolsistas que estão trabalhando em cerca de 140 países na criação de um mundo mais pacífico. É claro que isso merece ser comemorado, mas os bolsistas Rotary pela paz são mais do que um dado estatístico. Suas ações colaboram, e continuarão colaborando, para Criar Esperança no Mundo.
Exemplos não faltam. Jennifer Montgomery e Gorett Komurembe — bolsistas da Makerere University, em Uganda — são cofundadoras da iniciativa Magenta Girls. Esta ONG internacional dá ferramentas e suporte a meninas e jovens mulheres ugandenses para que superem as normas sociais impostas à comunidade feminina, a pobreza geracional, a violência baseada em gênero e, também, traumas diversos, como o provocado pelo tráfico humano.
Ndzi Divine Njamsi, outro bolsista da Makerere, está compartilhando com seus próprios alunos, nos Camarões, o que aprendeu sobre paz positiva. Ele se interessou pelo programa do Rotary de ativador de paz positiva após presenciar o extremismo, o discurso de ódio on-line e a violência no seu país. Após concluir os estudos, ele levou seu aprendizado para a faculdade de administração Yaoundé International Business e a outras organizações do país centro-africano.
O mundo precisa de mais pessoas como essas que se formam em Makerere e nos outros Centros Rotary. Todos nós podemos promover a paz incentivando trabalhadores locais desta área a aprenderem mais sobre o Rotary e se candidatarem à bolsa. Os associados do Rotary também podem orientar os candidatos ou trabalhar com os que já se formaram, os quais, provavelmente, têm uma iniciativa que se beneficiaria da sua ajuda.
Vale lembrar que os Centros Rotary na América do Norte, Europa, África, Austrália e Ásia precisam de suporte financeiro. O programa da BAU foi possível graças à generosa doação de US$ 15,5 milhões da Otto and Fran Walter Foundation à Fundação Rotária.
O novo centro oferecerá o programa de aperfeiçoamento profissional, com duração de um ano, na área de paz e desenvolvimento para bolsistas dedicados à construção da paz no Oriente Médio e Norte da África.
Devemos perseverar para o advento da paz, pois ela é o solo fértil onde a esperança cria raízes. Como em qualquer jornada, só podemos dar um passo de cada vez. Então, que esses sejam passos que daremos juntos!
Na reunião e jantar comemorativo da visita a Portugal do presidente do Rotary Internacional Gordon Mcinaily no palacete do Hotel Tivoli em Lisboa.
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